Natal são memórias, são cheiros, são sorrisos. Natal é magia. Quando me lembro dos dias húmidos, pequena, pequenita, que ia com a minha mãe apanhar musgo e as plantas com bagas vermelhas para enfeitar a casa, alguns dias antes do Natal. Tudo era magia, mesmo que a humidade fosse tanta, que ultrapassava todos os casacos vestidos. Tínhamos que caminhar bastante, mas ia tão feliz. Chegaríamos a casa molhadas, mas pelo Natal vale tudo. Chegadas ao lugar eleito (todos os anos o (...)
Estes dois moços foram para Alcobaça apanhar maçãs. Nas próximas semanas muitas Maças de Alcobaça e Peras do Oeste passarão pelas suas mãos. Aqui em casa estamos reduzidos a metade. Não é normal estarmos tão poucos. Já a casa da avó está ao rubro.
A semana passada dei um saltinho ao meu paraíso onde recarrego as baterias. O meu paraíso é uma pequena aldeia no Oeste, de onde se avista a Serra dos Candeeiros. Uma aldeia essencialmente agrícola, onde as paisagens são rainhas. Ali o ar é especial. Ali ando livremente. Conheço as caras, as vozes, os costumes, tudo me é familiar. Os sabores únicos que me levam à infância. A casa da minha mãe continua a ser minha, onde me sinto tão, mas tão à vontade. Ali os (...)
Eu adoro ceiras. A minha mãe tinha uma grande onde se levava algo para comer nos piqueniques. Eu tinha uma pequena, que de tanto querer, alguém me ofereceu. Uma paixão por estes cestos fantásticos. A última vez que fui à minha pequena aldeia passei no Juncal. Adorei a ceira gigante a adornar uma rotunda. Que bela ideia. A rotunda ganhou vida e dá-se relevo ao que de mais importante tem a região. Valorizam-se as ceiras feitas de junco, tratado e também pintado, elaboradas (...)