Hoje, a caminho do hospital, o Afonso verificou que havia fumo a sair de uma das chaminés do edifício. Do fumo passámos a falar da morte. Falei-lhe que há pessoas que não querem ser enterradas, mas sim cremadas. Ele questionou se essas pessoas doavam os seus órgão e se dariam para outras pessoas. Disse que se as pessoas assim quisessem e se os órgãos estivessem em condições poderiam salvar a vida de outras. Questionou se dava para fazer transplante de coração, que eu confirmei. (...)
Ele disse que ia fazer desenhos na areia grossa. Pegou num pau e começou a riscar. Quando olhei para o desenho parecia um coração. Disse ao Mini o que parecia e ele disse: " - É para ti." Um amor demonstrado de uma forma tão simples, mas tão forte.