De casa do meu avô, da parte de trás, via um jardim que me prendia horas na sua observação. Um jardim romântico, com árvores grandes, buxos que delimitavam e desenhavam o jardim, chorões, uma palmeira enorme, o repuxo no centro, os bancos de jardim, as pérgulas, que na Primavera ficam cheias de flores. Sonhava em brincar, mais tarde descansar naquele jardim. Pertencia a uma casa senhorial de um médico. O jardim que durante anos me fez as delicias na sua observação. Poucas vezes (...)
[Montes] Posso correr mundo, ver as paisagens mais lindas, os prados mais verdes, as praias mais belas de mar azul e areia cor de ouro, mas o meu paraíso é uma pequena aldeia, no Oeste, onde se produz muita fruta e bem doce. Uma pequena aldeia, com uma igreja, uma vista fantástica sobre o pinhal de Leira, uma vista desafogada para a serra dos Candeeiros, de onde se consegue ver uma nesga do mar. Uma aldeia no cimo de um monte. Este é o meu paraíso em imagens:
Ontem comprámos um doce cá para casa. Eu e o maridão gostamos muito de doce no pão. Hoje ao experimentar, nem imaginam o que senti. De imediato fui para a minha infância. Exatamente o sabor dos doces da minha infância. Que maravilhoso sabor! Fui ver de onde era o doce e... nem queria acreditar! Alcobaça. O doce é de Alcobaça. Os sabores regionias estão todos lá. Já fiquei fã destes doces da Quinta (...)
[Alcobaça] O mal das fotografias digitais é que as colocamos em pastas, em ficheiros, e raramente olhamos para elas. Adoro álbuns em papel, desfolhar, olhar e recordar. Tenho que me comprometer em imprimir fotografias e as colocar em álbuns.