Marrocos a dor
[atrás torre de mesquita que desabou]
Cada vez que vejo as imagens do terramoto de Marrocos na televisão, dá-me um aperto no coração.
Quando gostamos de um lugar ele fica a fazer parte de nós, por isso, quando algo acontece aos nossos locais, dói. Dói mais.
Ainda ontem o João falava do senhor que dizia: " - Batata-frita", sempre que dizíamos que éramos de Portugal. Esperamos que esse senhor esteja bem, assim como a sua família.
O Mini e o Afonso ao verem Marraquexe na televisão, pós terramoto, diziam:
" - A cidade já não é cor-de-rosa!"
Neste momento de dor pensamos em todos que nos acolheram bem:
- funcionários do riad
- o taxista, que nos levou para o hotel, quando houve uma falha no transfer;
- o senhor que nos fez a visita quando andámos de camelo;
- o fotógrafo, que do nada nos apareceu numa motorizada, e nos tirou fotografias no camelo;
- o comerciante que simpaticamente ofereceu umas bolsas aos príncipes mais novos;
- o senhor que junto à Cutubia, nos falou da irmã que vive em Coimbra;
- o senhor, que encostado a uma parece tinha uma pequena banca de venda de brincos;
- (...)
Pensamos em todos que nos acolheram tão bem. Marrocos ficou no coração desta família e estamos muito tristes com o que lhes aconteceu.