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Não me canso disto

Uma nova porta para o mundo...O meu MUNDO.

Não me canso disto

Sex | 26.04.24

Caminhando

Anita

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O maridão vai fazer um trail aqui no concelho. Como objectivo de conhecer previamente o local, pensámos ir até ao terreno. 

Eu disponível a ajudar planeei uma caminhada serra acima no domingo de manhã e quem sabe ver a nascente do rio Neiva. Quem sabe... porque nós não a descobrimos! Devemos ter andado à volta, mas não a vimos!

Domingo de manhã lá fomos até Codeceda, onde deixámos o carro, prontos para a caminhada. Objectivo: subir a Serra do Oural, descer do outro lado até à nascente do rio Neiva e regressar.

Nos primeiros metros, com subidas íngremes, eu estava morta. Mortinha. Mas mesmo mortinha. Se nesse ponto o marido disse-se se queria desistir teria ouvido um sim. Morta e depois de regresso à vida, mais de 1000 vezes, lá fui subindo. Na subida o marido viu um lagarto. Eu como sempre nunca vejo nada, continuei... Passámos por uma manada de vacas e ao longe vimos garranos.

Chegámos ao cume, descansei um pouco no baloiço do Oural, mas decidi não parar aí muito tempo, senão iria ser pior continuar. O marido questionou se queria vir embora, mas como o objectivo era descer até à nascente do rio Neiva, não aceitei e continuámos para o outro lado da serra. Voltas, voltinhas, mas nascente nada... Vimos garranos, bem junto a nós. Vimos imensas borboletas. Água por todo o lado. 

 

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Voltámos a subir a serra, depois de equacionar se dávamos a volta pela estrada, mas um percurso bem longo. Decidimos subir. Mais uma vez morri e voltei à vida. Desta vez a subida íngreme era mais curta, mas mesmo assim foi complicado para mim.

 

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A descida do outro lado para Codeceda não foi fácil, exigiu muito das pernas. Voltámos a passar pela manada de vacas, que já tinha subido mais a serra. O marido voltou a ver um lagarto, eu vi-o de raspão. Quase no fim vimos um gafanhoto enorme.

Fiquei bem cansada e a pensar porque me meto nisto... Claro que não desisti devido ao maridão, porque no fundo era o que me apetecia fazer. Eu e as subidas não temos uma boa relação!

A minha sorte, além da aragem fresca que corria na montanha, foram os carreiros de água que descem a serra, onde me ia refrescando. Assim consegui ir arrefecendo o corpo. 

 A subida foi complicada, mas a descida... um trauma para as pernas e joelhos.

No fim, ficou a aventura e uma manhã bem passada. E... sobrevivi!

 

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