O dia em que me senti um grão de areia no deserto. Aquele que não faz qualquer diferença, a não ser ser só mais um.

No sábado, o meu marido levou o carro à inspeção. É coisa que odeio acompanhar, pois é um bocado de tempo que fico ali num descampado, num parque industrial, sem nada para fazer. 

Lá me convenceu a ir com ele:

" - A esta hora não está lá carro nenhum."

Nenhum para ele acredito que possa significar menos de 100, pois quando chegámos eram bem mais de 20 carros à nossa frente. 

Ele já com medo de ouvir os sinos da sé a alguma distância de Braga, despachou-se a tratar da papelada inicial. Nada melhor que fugir...

Eu, sem nada para fazer, procuro por ali sempre algo para fotografar. Uma forma de ocupar o tempo. Desta vez descobri estas hortenses já meias secas:

O que se faz para matar o tempo.