Ontem, foi o dia de procurar respostas. Um atendimento de excelência que nos leva a novos caminhos, com a certeza do que tem o Afonso, relativamente aos dedos inchados e tortos. 

O Afonso tem Artrite Idiopática Juvenil que deverá ser devidamente tratado, de forma a que não tenha mais mazelas. Outra das coisas que desconhecia é que pode afectar os olhos e como tal deverá ter um acompanhamento periódico no oftalmologista. Este problema de saúde poderá estar na origem da paralisia da corda vocal.

Tinham-me aconselhado um médico. Fiquei reticente no início e esperançosa que as respostas aparecessem sem necessidade de ir a Lisboa. Mas as dúvidas cada vez eram mais e decidi mesmo marcar a consulta no Hospital da Luz. 

Ontem, foi o dia de ir à consulta. O Dr. João Farela Neves foi incrível. Explicou com cuidado o que o Afonso tinha. Explicou qual o caminho a seguir, pois não será ele que fará o encaminhamento futuro do Afonso. Mas foi ele que finalmente me transmitiu segurança e confiança, sem estar sempre a aguardar mais surpresas e a pensar "o que virá a seguir". Quando saí de lá senti-me calma, esclarecida. 

Felizmente o problema do Afonso, com o devido acompanhamento, poderá não ter consequências de maior. 

Ontem estive em Lisboa com o Afonso. 

Fomos a uma consulta e depois sobraria tempo para fazer algo de diferente. Chovia de quando em vez. Sugeri ao Afonso visitar o museu da Fundação Calouste Gulbenkian, mas ele disse que não queria ir. Não lhe estava a apetecer ver um museu.  Não insisti, porque com chuva também não daria para passear nos jardins. 

No entanto, ele adorou andar de metro e estivemos um pouco numa estação sentados a ver o metro passar. Como aqui não há metro, aquele transporte fascinou-o, pela velocidade e pela facilidade com que se chega a qualquer sítio. 

Há coisas simples que nos divertem também. 

Um almoço diferente, com uma companhia de luxo a querer dividir o almoço.

Foi assim ontem o meu almoço com o Afonso e os pavões, os patos e as pombas...