O que ele diz #118#
Hoje, a caminho do hospital, o Afonso verificou que havia fumo a sair de uma das chaminés do edifício.
Do fumo passámos a falar da morte. Falei-lhe que há pessoas que não querem ser enterradas, mas sim cremadas. Ele questionou se essas pessoas doavam os seus órgão e se dariam para outras pessoas. Disse que se as pessoas assim quisessem e se os órgãos estivessem em condições poderiam salvar a vida de outras.
Questionou se dava para fazer transplante de coração, que eu confirmei.
A partir daqui o Afonso ficou pensativo:
" - Então, quem recebe um coração de outra pessoa fica a gostar do que a outra pessoa gostava. As informações não estão só no cérebro, estão também no coração."
Assim chegámos ao hospital, nesta discussão saudável, do que é realmente herdado de alguém que doa um órgão.