Se as coisas estranhas no Afonso sem resposta tinham um fim, estávamos enganados. Isto em termos de saúde. 

No verão de 2021, o Afonso começou a ficar com a voz muito rouca. Pensámos que teria a ver com a alteração de voz típica da adolescência. A voz no entanto cada vez mais rouca. Comecei a achar estranho! Falei com o médico de família que também considerou ter a ver com a idade e a alteração de hormonas que se dá nesta fase, alterando a voz. 

Um dia chegou um alerta da escola. Na escola, os professores também não achavam normal. O Afonso já não conseguia falar muito alto.

Marquei consulta de imediato com um otorrino. Saí da consulta cheia de receios, medos e andei algum tempo aleada de tudo, tal era a preocupação com o Afonso. A corda vocal esquerda do Afonso paralisou.

Fez dois TAC's depois do Natal, fez uma ecografia, mas não foi descoberto nenhum corpo estranho que pudesse ter causado esta paralisia. Os meus maiores medos tiveram finalmente alguma calma. Não sabemos para já o que pode ter causado esta perda do Afonso...

Já agora, para quem não sabe (eu desconhecia) quando uma corda vocal paralisa é para sempre.

Para minorar a voz seca e rouca do Afonso, ele começou a fazer terapia da fala, de forma a compensar o esforço que a corda vocal que tem a funcionar faz. 

Continuamos com muitas questões, mas sem resposta. 

As reservas de sangue estão em baixo. É necessário que se dê sangue rapidamente. 

Quem poder que o faça, por todos nós. Eu estou a tentar convencer os jovens cá em casa a irem dar sangue.

Eu infelizmente não posso dar, ainda hoje fui ver as regras, mas continuo sem poder:

Recebi uma transfusão. Posso dar sangue?

• se recebeu uma transfusão antes de 1980 pode continuar a dar sangue
• se recebeu uma transfusão após 1980 não poderá dar sangue

A implementação deste critério de suspensão da dádiva de sangue surge na sequência do risco de transmissão de uma variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob (vCJD), também designada por doença das vacas loucas.

Há dias, a falar com uma amiga, falava-se de miúdos e da necessidade que temos de lhes comprar roupa.

Eu compro roupa quando eles precisam realmente. Faço a gestão do que têm, gosto que esteja nas devidas condições, mas, por exemplo, se vejo que precisam de uma camisola só compro uma camisola. Quem diz camisola, diz casacos, calças, sapatos, etc. Por vezes, ao ir a uma loja, lá há uma peça de roupa que me salta aos olhos, mas se já tiverem demais, opto por não comprar; se for uma extra, caso não tenham muitas, acabo por comprar. Nas fases de crescimento, a roupa passa num instante, por isso, acho que fazer um grande investimento em roupa não faz muito sentido.

A minha amiga já compra mais com o coração. Se vê algo bonito não resiste e compra.

Claro que isto também tem a ver com a nossa apetência para comprar roupa, coisa que eu dispenso bem.  

São formas diferentes na abordagem das compras. Não há uma correta, nem a mais certa. Tudo é necessário.