#dia 43

Começámos com uma belo dia de sol, terminámos com chuva e trovoada.

Um dia normal entre a escola e o trabalho em casa, se é que alguma vez se pode chamar de normal... Ao final do dia, tive problemas de rede, deixei de conseguir fazer alguma coisa que fosse. 

A minha sobrinha foi a rainha do dia. Pena estar longe! Conseguimos falar com ela mesmo no final da tarde.

O dia também não terminou muito bem para mim. Voltou a dor ciática. É a loucura... Quando nem quero pensar em hospitais, aí está ela a dar sinal. Acho que foi uma semana muito stressante e sempre que é assim, lá vem a maravilhosa dor...  Vou tomar umas drogas valentes para ver se evito as injeções...

Irritações que se criam. Palavras que se dizem em tom ameaçador e a culpabilizar.

Um álbum de família que desaparece.

Todos me ligam intrigados.

"Devolve o álbum, não é teu."

Palavras duras, desafiadoras e amargas.

Mas... de repente...

...começam a aparecer fotografias que estavam nesse álbum no facebook.

Alguém me diz alguma coisa?!? Nada...

Como se nada se tivesse passado!

Quem o tinha encontrou-o... os outros ficam feridos, sem culpa.

Mas as palavras não se apagam...

A disciplina de Educação Física, na telescola, é a preferida.

O Mini diz que hoje estava ali toda a manhã a fazer aquilo.

Participou nas atividades propostas.

No início da aula o professor falou o nome da vários meninos, um dos quais Miguel. Diz o Mini:

" - Ele sabe o meu nome."

Ditados

Odeio ditados. Sempre odiei. Talvez venha da escola primária este meu ódio. Mas odeio tanto, que até detesto fazer aos meus filhos.

Hoje tive que fazer um ditado ao Mini. É um sufoco para mim. Apetece-me lhe dizer letra a letra. Que sufoco...

Façam cópias... mas não me peçam ditados... 

A primeira vez que a vi colocaram-a no meu colo. Trouxe-a para casa do hospital. Tão linda, tão rechonchuda que era.

Fui com ela ao teste do pezinho.

Hoje não faz 28 anos que a vi pela primeira vez, mas faz 28 anos que nasceu. 

A minha querida Cassarina, pois quando era pequenina não sabia dizer criancinha e era assim que ela dizia - cassarina, que forma fofa de falar.

Quando nasceu recusei lhe chamar pelo nome, por ser muito forte para uma bebé tão linda. Chamei-a de Babi e Babi ficou até hoje.

Sempre tive medo de ficar com ela sozinha, mas fiquei tanta vez. Tinha medo que tivesse um ataque de asma.

É uma das minhas sobrinhas. Uma das minhas sobrinhas do coração, que amo quase tanto como os meus filhos.

Parabéns Babi

Cresci, como sabem na zona Oeste. Perto da base militar de Monte Real. Em linha reta poucos quilómetros nos separavam. 

Habituámo-nos a ver os jatos no ar. Com regularidade os ouvíamos passar ou em manobras, próximo do meio-dia. Já nem achávamos estranho, mas normal. Faziam parte da nossa rotina. 

Hoje, passava pouco das 12h quando os ouvimos passar. Os príncipes mais novos até se assustaram. Aqui raramente os ouvimos, mesmo muito raramente. Fomos vê-los (tivemos que correr pois desaparecem rápido)

Mas não é que me deu umas saudades de quando era pequena...