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Um dia destes ao início da noite, o Afonso chamou-me à porta de casa:
" - Mãe, vem cá depressa ver uma coisa."
Fui mas não vi nada.
" - Mãe, ouve..."
E não se ouvia nada.
O barulho que costuma vir do centro da vila não estava lá. Imperava o silêncio. Não podemos dizer que seja um silêncio bom. É o silêncio da dor, do medo, do imprevisto, do desconhecido, do isolamento...
Ele reparou no que eu se calhar não repararia tão facilmente... 
O fim-de-semana foi um pouco diferente.
Comecei o dia com uma surpresa: pequeno-almoço na cama. O Mini e eu, ali ficámos a olhar para a paisagem e a comermos um belo pequeno-almoço preparado pelo maridão. A melhor surpresa de aniversário.
Saímos para ver se encontrávamos uma padaria que vendesse também bolos. Tivemos sorte, lá arranjámos um bolinho.
A zona onde vivo é muito calma e em ambiente de contingência não vejo grandes alterações. Mas, quando no sábado fui ao centro do burgo vi as diferenças. Poucos carros, pouquíssimas pessoas e com andar rápido de quem só foi fazer umas compras urgentes e quer voltar para casa rapidamente, muitas lojas fechadas. Um ambiente pesado, de medo. Abateu-se no meu coração uma tristeza, que até chorei.
Quando chegámos a casa fomos dar a nossa volta higiénica com a Eevee. Sabe bem esticar um pouco as pernas. Aproveitei para trazer cidreira para chá.
O domingo foi um pouco diferente, logo de manhã, nem sei como, dei um jeito às costas e as dores eram tantas que tive que ficar deitada o dia todo. Tantos planos que tinha para o domingo e nada consegui fazer...
#dia 11
Há lá coisa mais bonita que observar a natureza?
No meu quintal há algumas lagartixas residentes, hoje tivemos a oportunidade de as observar calmamente.
Eu aos olhos do Afonso:
